A linguagem do #protestoSP (1)
15 de junho de 2013 • por Fabio Malini
Fiz o seguinte: coletei os tweets com a tag “tarifa”, no dia 13, última quinta. Foram 18 mil tweets (em cinco horas). Depois o Marcus Vinícius Leite deu uma tratada no arquivo usando o python. O tratamento foi picotar o texto, mostrando a recorrência das palavras. Pegamos esse arquivo e processamos no Wordle, que gerou essa nuvem de tags.
O que mostra a nuvem de tags?
1. A palavra RT: da base de tweets, havia muitos RTs (8 mil tweets eram apenas republicações, algo bem grande, pois que, em geral, RTs significam, no máximo 1/3 da amostra).
2. As palavras “aumento”, “manifestação”, “manifestantes” e “contra” (a tarifa) carregam muitos tweets cujo contexto semântico leva à ideia da importância da atuação social, nas ruas de SP, contra o pagamento da atual tarifa de ônibus em SP.
3. A palavra “protesto”: significando o reconhecimento da manifestação como um modo legítimo de atuação na defesa de direito da cidade.
4. As palavras – “Consolação”, PM, guerra – demonstram o conflito desencadeado pelo Estado, através do uso intenso da força policial.
5. Repórter, vinagre e violência são palavras que dispensam explicações.
6. Haddad, idem.
7. A palavra “Amor” não consta no vocábulo. A palavra “Baderneiro” também não.
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