Resumo:
Em novembro de 2015 estudantes secundaristas de São Paulo deram início a uma sucessiva onda de ocupações de escolas públicas pelo país, que, num primeiro momento, ocorreram em represália às práticas de gestão educacional, mas que se ampliaram para lutas por direitos a uma educação de qualidade e melhores condições de ensino. Tais ocupações foram enquadradas e amplamente divulgadas em páginas do Facebook, sendo criada uma narratividade do cotidiano do movimento, onde o narrador era quem participava da história. Neste artigo será realizado um estudo sobre o ativismo do movimento secundarista no Facebook durante as ocupações de escolas públicas em São Paulo, no ano de 2015, compreendendo o conteúdo de postagens circuladas em páginas específicas de escolas ocupadas na capital paulista. Para tanto, serão utilizados métodos mistos de pesquisa, como a análise de redes de interações e de conteúdo, aplicados às postagens publicadas nas páginas das ocupações entre o período de novembro e dezembro de 2015.